quinta-feira, 15 de março de 2012

N. 30

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Sentado no banco listrado olhou para os dois lados, cada um com um leve movimento, e viu que não havia nada. Se pudesse se levantar e escolher para onde caminhar terminaria seus dias em um ponto qualquer, como um pequeno fragmento de desistência abandonado por alguém. Seria exatamente assim, como se algo lhe faltasse. E era por isso que faltava também a todos os outros que se alinhavam como peças de dominó em um pequeno trecho da vida. Não tenho para onde correr, não há ninguém para ouvir meus gritos, ler meus pensamentos ou me levar pela mão. Não há ninguém que eu possa guiar ou vigiar. Não há ninguém. Sou eu agora. Eu e este espaço que se chama liberdade, mas tem cheiro de prisão.

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*Este post se autodestruirá assim que o próximo aparecer.
 

Livro Sem Memória © 2010

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